Quem não se inventa não existe.

SEMELHANÇAS DISSEMELHANTES

Sou Eu,
o entretanto,
entrelinhas minuciosas
entre a espada da vida e a parede
dos sonhos onde não me combino.

O talvez
de pés na cama,
o arame encarquilhado
no limiar da alva que não afino.

Sou acre lírio.

O massacre
do princípio findo,
a veneração do fim iniciado.

Amador amado.

O além delírio
das semelhanças dissemelhantes.

O receio de uma alma fria.

A herança
do homem que sou,
tormenta torneada de utopia.

Destrambelhantes.

Sou nada,
côdea gelada,
um quase enigma,
prenúncio desaprovado.

Serôdia fome de um fado.

Dispêndio farto,
o vazio das imaginações,
alucinações contorcionistas.

Sou tudo,
sou o Eu que conheço,
o Eu que me desconheço.

Longe das vistas.

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