Quem não se inventa não existe.

SILÊNCIOS NUS NA UTOPIA

Ser poeta
é uma apologia
de silêncios nus na utopia.

É ser alma
da cabeça aos pés das palavras
sentidas num mergulho à profundeza da poesia.

É despir o olhar
num frente a frente
em conflito ou em harmonia
com a consonância escondida no eu.

É fascínio
num cosmos
de inspirações fingidas ou não.

É preencher o calendário
com rugas de sabedoria e admitir-se
na longevidade da esperança nem que seja ilusão.

É ultrapassar o imenso
no paradoxo das emoções
que degradam o corpo na culpa do sentimento.

É morar numa ilha
rodeada por um mar de musas
onde o poeta entorna a sua escrita
remexida por paixão destrambelhada.

É ser chuva intensa
que encharca o peito
com falinhas mansas de romance.

Comentários

Não foram encontrados comentários.
 

© 2010 Todos os direitos reservados.

Crie o seu site grátis Webnode