Esquivo-me por fúrias sem medo
De uma carga emocional
Nos vestígios de um segredo
Sem pausa racional
O amanhã é feito de rumores
Lançando o espírito à luta
Sujeitando-o a dissabores
Por amores e ódios em disputa
Na luz e sombras do ego
Sustentam-se ícones de beleza
Catapultando para o aconchego
No estendal da natureza
Os sonhos são sinónimos
Da realidade codificada
De sentimentos anónimos
De uma alma apaixonada
Interno-me num faz de conta
Sem precisar de me esconder
Estilizo o perfeito que o sol me desponta
E espalho mimos sobre o meu viver
Encomendo todos os sabores
Pondo a descoberto os meus segredos
Encaixo-me num encontro de cores
Encorajando participar os meus medos
Na esteira das minhas emoções
Embarco em tudo que seja ânimo
Descobrindo o propósito das confissões
Que confesso num castigo sem desânimo
A vida é uma parábola de dilemas
Escritas na pele de quem sente
Questionando a escolha de lemas
Na construção de ser gente