Oxalá
não seja ouvido
um riacho de lágrimas
num tumulto de dor sentida,
andando sobre lâminas do desgosto.
Oxalá
o sorrir não acabe
num jejum de malvadez,
nos títulos da nossa fria altivez.
Oxalá
não seja a fingir
o sol que nos acontece
por regalia de existirmos
nesta vida que nos aquece.
Oxalá
não seja tarde
no tão cedo de nós
ateados o que já arde
na ultima morada da voz.