Quem não se inventa não existe.

VERTIGEM INSPIRADA DE MORTE

A tristeza
desenvolveu-se em mim
vertigem inspirada de morte.

Minhas mãos carentes
mordem-me a alma,
sinto-me condenado,
vejo-me monstro queimado
nas labaredas do prazer que não tenho.

Envelhecem as noites
no meu grito sangrento.

Sou feio,
sou silêncio,
sou o esquecimento
que se abate na minha cova,
cavada no inferno de um rochedo de dor
que me sufoca a razão do cemitério onde jaz
a minha voz num socorro que me esmaga o olhar.

Estou no abismo
dos meus sentidos engasgados
pelo frio que suicida o meu choro
perdido num lamaçal de venenos por beber.

Cuspo raiva,
ódio é o sol do deserto
aberto na penumbra esventrada
da minha solidão demoníaca.

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